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Perspectiva de Julho melhor do que Junho para a soja
07/07/2017

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Perspectiva de Julho melhor do que Junho para a soja

A alta registrada na Bolsa de Chicago e as parcelas de custeio que começam a vencer prometem movimentar o mercado de soja neste e no próximo mês, acima do patamar habitualmente registrado no período. Números do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mostram que o volume de soja embarcado no Estado nos seis primeiros meses cresceu: 9,42% em receita e 8,96% em volume. A expectativa, no entanto, era de que os volumes fossem maiores, dado o tamanho da safra colhida.

Se analisado apenas o mês de junho, há diminuição de 32,91% em receita e 27,58% em volume, na comparação com igual mês de 2016. Especialistas afirmam que esse movimento abaixo do esperado reflete a diminuição dos valores do grão.

– São os preços fracos nos últimos meses que impedem melhor escoamento. Isso naturalmente afeta o mercado interno e exportações, mas mais o mercado interno – avalia Luiz Fernando Roque, analista da Safras & Mercado.

O produtor ficou segurando o produto à espera de melhores cotações. E desde 23 de junho, uma guinada vem acontecendo. De lá para cá, o bushel registrou aumento de 8,5%.

– Esse repique vai dar uma mexida no mercado, mas o reflexo deve aparecer só nos dados do mês de julho. A percepção é de que este mês será melhor do que o de junho – estima Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).

Até agora, a comercialização do grão alcança 48% no Estado – no ano passado, esse percentual era de 73%, e a média para o período, de 65%.

– Há boa expectativa de carregamento com soja em agosto. Isso se deve ao aumento em Chicago e aos vencimentos dos financiamentos de custeio, que fazem com que o produtor tenha de vender – diz Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro).

O cenário de alta tem como base as especulações climáticas nos Estados Unidos. Como essas condições podem mudar (e sobre o câmbio não dá para fazer muita previsão), a recomendação é para que os agricultores aproveitem esses momentos de alta para vender e ir fazendo média.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV/SIPARGS