Asgav Notícias

O "Brazil Agro" quer se mostrar lá fora
24/07/2018

voltar
O

Com a imagem de alguns produtos brasileiros arranhada no mercado externo, o governo federal está desenvolvendo estratégias para alcançar 10% do mercado global agropecuário até 2022. Uma delas é o selo Brazil Agro, apresentado ontem pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante o Global Agribusiness Forum 2018, em São Paulo. O evento reúne cerca de 3 mil pessoas de 60 países.

A marca, de propriedade do governo federal e com uso facultativo pelas empresas exportadoras, pretende dar visibilidade à origem e à qualidade dos alimentos produzidos no Brasil.

-Queremos transferir essa confiança ao consumidor internacional. Somos um dos maiores exportadores mundiais de alimentos e até hoje não temos o reconhecimento da sustentabilidade dos nossos produtos lá fora - disse Maggi.

O Brazil Agro - Good for Nature deve chegar efetivamente ao mercado internacional até outubro. Com a marca, que traz elementos gráficos da bandeira brasileira, será colocado um QR Code para o consumidor assistir a vídeos sobre a produção brasileira - como carnes, café, frutas e vinho.
A iniciativa já conta com nove entidades parceiras e que representam centenas de empresas brasileiras.

- Precisamos de uma estratégia clara para orientar a política de relações internacionais do agronegócio - completou Maggi, citando ainda as articulações do governo federal para tentar derrubar embargos impostos recentemente por Rússia, China e União Europeia.

Um dos setores que poderá ser beneficiado com o selo de origem é o de carne de frango, que teve as exportações afetadas neste ano por conta do descredenciamento da União Europeia de 20 plantas brasileiras.

- Nossos problemas foram de processo, e não de produtos. Precisamos recuperar nossa imagem mostrando isso ao mercado externo - disse Ricardo Santin, vice-presidente de mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Líder na exportação de carne de frango, com 37% do mercado global, o Brasil deve fechar o ano com queda de produção e de vendas externas do produto, antecipa Santin.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV