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Mantida isenção para importações de milho
30/09/2016

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Mantida isenção para importações de milho

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou ontem a prorrogação, por mais três meses, da isenção de tarifa para importação de milho de países de fora do Mercosul. A medida, que ainda vai ser publicada no Diário Oficial da União, atende à necessidade do mercado interno pressionado pela escassez e alto preço do cereal. A alíquota de 8% foi retirada em abril. O vice-presidente e diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, diz que fora do Mercosul o principal exportador do grão para o Brasil seriam os Estados Unidos. No entanto, barreiras dificultam a compra de fornecedores norte americanos. Diferentes variedades transgênicas do milho produzidas naquele país não estão liberadas para o uso no Brasil. Apenas uma é permitida. A liberação de outras estará em pauta, no dia 6 de outubro, na reunião da CTNBio. Por ora, o Brasil continua importando milho de países do Mercosul. “A importação já bateu 1 milhão de toneladas, e a Argentina ainda tem cinco milhões de toneladas disponíveis para exportação”, diz. Para o diretor executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, a prorrogação proporcionaria impacto positivo se as culturas transgênicas dos EUA fossem liberadas. “Ajudaria muito a equilibrar a demanda e a oferta e o preço poderia cair com mais produto no mercado”, diz, ao lembrar que o governo não atendeu o pedido de isentar PIS e Cofins. O presidente da Apromilho/RS, Cláudio Luiz de Jesus, diz que apesar da colheita começar em janeiro, o déficit de milho se manterá no Estado pelo menos até março. Ele não acredita na retração de preços, atualmente entre R$ 39 e R$ 41.

Fonte: Correio do Povo

Créditos da Iamgem: Olímpio Oliveira Filho / Divulgação / CP