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Indústria de carnes do RS terá turnos extras para compensar dias de paralisação
01/06/2018

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Indústria de carnes do RS terá turnos extras para compensar dias de paralisação

Com o fluxo de caminhões sendo retomado nas estradas, os setores mais afetados pela paralisação buscam formas de minimizar as perdas. No Rio Grande do Sul, as indústrias de proteína animal (aves, suínos e bovinos) acionaram o Ministério da Agricultura e a Secretaria Estadual da Agricultura para que viabilizem abates extras, a serem realizados nos finais de semana. O objetivo é tentar dar conta da produção que ficou represada nos dias de manifestação.

– É uma necessidade intensificar os abates, para compensar o espaço que não existe mais nas granjas. Já está tudo acordado com o ministério em Brasília. Existe a percepção coletiva de que é necessário restabelecer o fluxo todo – explica Bernardo Todeschini, superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul.

Segundo ele, a necessidade de operação nos finais de semana – quando os frigoríficos não costumam ter processamento — será avaliada caso a caso, conforme a necessidade de cada empresa. A pasta fica responsável pela fiscalização dos frigoríficos com inscrição no Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Os que têm vistoria estadual também devem ter funcionamento em turnos extras. Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, diretor do departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, diz que nesta sexta-feira (01) serão montadas escalas dos fiscais para atender essa demanda:

– Recebemos pedidos dos setores de aves, suínos e bovinos.

Rogério Kerber, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), explica que há abate represado de cerca de 120 mil suínos:

— Teremos de encontrar janelas , provavelmente nos sábados, para o processamento.

Ele estima que serão necessários cerca de 60 dias para normalizar o ritmo de produção. José Eduardo dos Santos, da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), também projeta período semelhante para a recuperação:

— Atrasou toda programação da avicultura. Temos de ver toda a etapa do setor, que começa com a parte genética, de ovos férteis e pintos, que ficou incubada nos reservatórios.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV