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Exportações têm melhor resultado desde 2011
04/10/2019

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Exportações têm melhor resultado desde 2011

Ao totalizarem US$ 973 milhões em setembro, as exportações da indústria gaúcha aumentaram 19,5% na comparação com o mesmo mês de 2018. Dos 23 setores que registraram embarques, 12 subiram sob a base de comparação mensal, com destaque para tabaco ( 75%) e celulose e papel ( 153,2%), que elevaram as vendas especialmente para a China, mais US$ 129 milhões e US$ 33 milhões, respectivamente. O bom resultado de setembro, somado aos de julho e agosto, produziu a taxa de crescimento mais acelerada (11,7%) para o terceiro trimestre desde 2011. "Parte desse bom resultado é consequência da base de comparação mais deprimida observada no início do segundo semestre do ano passado. Mas há de se destacar a recuperação do setor de alimentos, que já cresce pelo quinto mês consecutivo neste ano", diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry.

O setor alimentos teve expansão de 36,2% do valor exportado. O aumento geral das vendas de carne de frango in natura (145%), mais os embarques de farelo de soja (82,2%) para alguns destinos - Polônia ( US$ 34 milhões), Espanha ( US$ 16 milhões), Coreia do Sul e Itália ( US$ 11 milhões) - provocaram impacto positivo no setor, registrando a maior alta para setembro desde 2013.

No acumulado dos três primeiros trimestres de 2019, as exportações industriais alcançaram US$ 9,2 bilhões no Rio Grande do Sul, resultado acima daquele verificado no ano anterior (US$ 9 bilhões), crescimento de 3,5% sob essa base de comparação.

A expectativa dos industriais gaúchos consultados na Sondagem Industrial da Fiergs é de crescimento nas vendas externas futuras. O indicador de quantidade exportada na pesquisa referente a setembro registrou alta de 3,2 pontos, atingindo 51,9 - valores acima de 50 representam uma percepção de aumento das vendas para o exterior nos próximos seis meses. O resultado é diferente do observado em agosto, quando a expectativa se deteriorou (48,7 pontos) por conta da piora dos indicadores econômicos da Argentina.

Pelo lado das importações, o Estado adquiriu US$ 938 milhões em mercadorias de origem estrangeira, queda de 4,4% ante setembro do ano passado. Exceto os bens intermediários ( 7%), todas as demais grandes categorias econômicas registraram queda mensal: bens de consumo (-36,3%), combustíveis e lubrificantes (-30%) e bens de capital (-5,1%).

Entre os produtos relacionados às categorias houve recuo nas importações de automóveis de passageiros (-US$ 37 milhões), óleos brutos de petróleo (-US$ 29 milhões) e veículos de carga (-US$ 16 milhões), respectivamente. Por sua vez, no acumulado de janeiro a setembro, o Rio Grande do Sul importou US$ 7,4 bilhões, queda de 9,5% em comparação com igual período de 2018.

Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: Fredy Vieira/Arquivo/JC