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Entidades cobram solução a curto prazo
16/11/2018

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Entidades cobram solução a curto prazo

Com o transporte de grãos para o Porto de Rio Grande tendo crescido acima dos 40% em um ano no Rio Grande do Sul, as entidades do agronegócio exigem uma solução em curto prazo para a tabela do frete, criada em maio pelo governo federal.

Na terça-feira, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou, no Supremo Tribunal Federal (STF), medida cautelar para pedir urgência no julgamento das ações que questionam a constitucionalidade do tabelamento e a suspensão das multas por eventual descumprimento da planilha. Sem que o assunto se resolva no âmbito judicial, a tendência é que as lideranças apelem ao novo governo, que assume em janeiro, para que o assunto tenha um desfecho.

Na semana passada, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) editou resolução estabelecendo multas de R$ 550,00 a R$ 10,5 mil para quem não respeitar a tabela. A publicação voltou a mobilizar o agronegócio, que rechaça a planilha ao argumentar que ela fere o princípio da livre concorrência, prejudica o fechamento de negócios e encarece o transporte dos produtos agrícolas.

Números da Farsul mostram que o preço para transportar uma tonelada de grãos de Passo Fundo ao Porto de Rio Grande passou de R$ 55,00, em 9 de novembro de 2017, para R$ 87,50 na semana passada. Da praça de Cruz Alta até o porto o valor subiu de R$ 52,00 para R$ 80,00 no período. De Santo Ângelo a Rio Grande, saltou de R$ 63,00 em novembro do ano passado, para os atuais R$ 90,00. “A explicação para este aumento é, sim, a tabela do frete”, afirma o economista-chefe da Federação da Agricultura (Farsul), Antônio da Luz. Na avaliação dele, o aumento dos combustíveis e a inflação acumulada nos últimos 12 meses, que ficou em 4,4%, representam uma parte pequena da elevação do frete, que supera os 40% em todos os casos.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Alina Souza/CP Memória