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Emater projeta safra histórica no RS
28/08/2018

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Emater projeta safra histórica no RS

A projeção da Emater/RSAscar é de que a safra de verão 2018/2019 seja a maior da história para os principais grãos produzidos no Rio Grande do Sul, superando a média das últimas cinco safras em mais de 1,6 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 5,48%. De acordo com o diretor técnico da entidade, Lino Moura, a expectativa é atingir 31,5 milhões de toneladas na produção, injetando R$ 34,2 bilhões na economia gaúcha. Os dados foram apresentados pela diretoria da Emater/RS na Expointer. As produtividades iniciais são baseadas na tendência apresentada pelas produtividades médias municipais registradas nos últimos dez anos. O levantamento foi realizado pelo Núcleo de Informações e Análises, da Gerência de Planejamento da entidade, entre os dias 10 e 24 de agosto. Para efeitos de comparação, a análise utiliza dados preliminares da safra 2017/2018 coletados pelo IBGE – LSPA.

A soja, considerada o carro-chefe da agricultura no Estado, terá aumento de área plantada (2,30%), passando de 5,7 milhões de hectares em 2017/2018 para 5,8 milhões de hectares, e também de produção (5,16%), totalizando 18,4 milhões de toneladas (t) em 2018/2019, superando as 17,5 milhões t de 2017/2018. A produtividade média inicial do grão deve ser de 3.132 kg/ha, apresentando variação positiva de 2,79% em relação ao obtido no ano passado. Segundo o presidente da Emater/RS, Iberê de Mesquita Orsi, isto significa retorno financeiro para os produtores e para o Estado como um todo. A concentração de aproximadamente 50% da área plantada de soja está em quatro das 12 regiões administrativas da Emater: Ijuí, Santa Rosa, Santa Maria e Bagé.

Orsi enfatizou que o destaque da safra deverá ficar com o milho, por ser uma cultura importante para diversas cadeias produtivas e apresentar retomada de área plantada, passando de 699 mil hectares para 738 mil, com aumento de 5,53%, o que deverá elevar a produção em 11,29%, chegando a um volume de 5 milhões de toneladas de milho, contra as 4,5 milhões da safra anterior. “Não existe cultura no Brasil que tenha resultado em um aumento de 5,45% na produtividade, principalmente pelo uso de tecnologia”, afirmou, referindo-se ao milho plantado em 2006, quando a área era maior e a produção, semelhante. Nos 419 municípios pesquisados, que respondem por 93% da área cultivada com milho no Estado, os dados indicam que a produtividade média inicial é de 6.807 kg/ha.

A produtividade média inicial do arroz será de 7.594 kg/ha, redução de 3,37% em relação ao obtido ano passado. A área plantada com a cultura deverá ficar inferior à safra anterior em 1,69%, com 18 mil hectares a menos. O principal reflexo dessa redução será na colheita de 7,9 milhões de toneladas, 5% menos que na safra 2017/2018 quando foram colhidos 8,9 milhões de toneladas.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV