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Custos de produção e nova quebra na safra de milho preocupam avicultura gaúcha
30/11/2020

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O setor da avicultura no Rio Grande do Sul deverá fechar o ano com 825,4 milhões de aves abatidas, 0,68% acima do executado em 2019. O crescimento é tímido perto da projeção inicial de até 4% de aumento feita pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). Para o presidente executivo da entidade, José Eduardo dos Santos, 2020 vai se encerrando com muita apreensão em relação à permanência da pandemia, aos elevados custos de produção e uma nova quebra da safra de milho no Estado, um dos principais componentes da ração animal.

Em função disso, o dirigente considera que o ano de 2021 reforçará a necessidade de as indústrias fazerem muitas análises em relação aos movimentos de mercado para a tomada de decisões. “Certamente, as empresas irão cadenciar o seu sistema produtivo conforme for se comportando o mercado”, prevê Santos. Os planos de expansão, em termos de exportação e modernização das plantas, segundo o dirigente, poderão ser postergados para o momento em que os custos de produção voltarem a um patamar de normalidade. Ontem, a saca de milho era cotada a R$ 79,27, enquanto que há um ano custava R$ 47, segundo o indicador Esalq/BM&FBovespa.

Santos afirma que a escassez de milho no Estado pautará projetos prioritários da Asgav no ano que vem, como a busca por grão subsidiado pelo governo federal; novas políticas que incentivem a irrigação agrícola no Rio Grande do Sul; viabilização de projetos que apoiem culturas de inverno, como trigo, triticale e sorgo, para ração animal; e mobilização em Brasília para a implantação de ferrovia da região Centro-Oeste para o Sul do país, conforme projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Na safra 2020/2021, o déficit de milho poderá chegar a 3 milhões de toneladas, segundo o dirigente.

Fonte: Correio do Povo