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Atividades dão sinais de melhora, mas dificuldades da crise perduram
24/08/2020

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Atividades dão sinais de melhora, mas dificuldades da crise perduram

O terceiro ciclo da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, elaborada pelo IBGE, mostra que os desafios para retomada das atividades produtivas ainda persistem, apesar da melhora de alguns indicadores.

Das 2,8 milhões de empresas em funcionamento no Brasil no período, 1,3 milhão (44,8%) perceberam efeito negativo da pandemia até o final da primeira quinzena de julho. Apesar do número expressivo, 794,4 mil (28,2%) sofreram um efeito pequeno e 758,8 mil (27,0%) tiveram um impacto positivo em meio ao isolamento social. Ou seja, as empresas pouco e positivamente afetadas, juntas, somam um percentual maior do que aquelas que relataram impactos negativos.

Entre as atividades, os efeitos adversos da crise até o final da primeira quinzena de julho foram relatados por 47,0% do setor de Serviços e 44,0% do Comércio, o que também representa uma melhora, já que até a quinzena anterior, os números eram mais expressivos (65,5% e 54,1%, respectivamente). Na Indústria, representada por 313,5 mil empresas, houve estabilidade em relação até a quinzena anterior. Para 42,9% delas, os efeitos da crise do coronavírus ainda são adversos (ante 48,7%), ao passo que 33,1% (ante 24,3%) têm tido um efeito pequeno e 24,1% (ante 27,0%) são impactados positivamente. De forma semelhante é impactada a Construção que, das 160 mil empresas em funcionamento, 38,0% ainda sofrem negativamente com a Covid-19.

E mesmo com as dificuldades do cenário atual, oito em cada dez empresas não alteraram seu quadro de funcionários ao final da primeira quinzena de julho, em relação à quinzena anterior. O comportamento é disseminado pelos setores da Indústria (79,2%), Construção (77,6%), Comércio (77,6%) e Serviços (84,3%). Além disso, entre as 380,2 mil empresas que apontaram redução, para a grande maioria delas (70,8%), a faixa de redução foi inferior a 25%.

Em relação às ações de reação à crise, desde o início da pandemia, 38,7% (1,1 milhão) adotou trabalho domiciliar, 37,6% (1,1 milhão) adiou o pagamento de impostos e 32,0% (900,7 mil) alterou o método de entrega de produtos e serviços, incluindo a mudança para serviços online, entre várias medidas de resposta aos impactos da Covid-19 consideradas.

Como esperado, o retorno gradual das atividades na maior parte do País permitiu o início da recuperação econômica. Mas a incerteza quanto à evolução da pandemia e à reação das autoridades para gerir a crise podem atrapalhar esse processo.

Fonte: FIERGS