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Após idas e vindas, a política em torno da fusão de ministérios agora é a da cautela
06/11/2018

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Após idas e vindas, a política em torno da fusão de ministérios agora é a da cautela

É no caminho da transição, simbolicamente iniciada com a primeira visita do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) a Brasília, que deverão estar muitas das respostas esperadas pelo agronegócio em relação ao novo governo. Uma delas é justamente sobre como deve ficar a pasta destinada a atender às demandas do setor. A principal dúvida permanece sendo se haverá ou não a fusão entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Depois de idas e vindas sobre o tema, a política agora é a da cautela.

Amigo e um dos conselheiros de Bolsonaro para assuntos relacionados à agropecuária, Luiz Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista (UDR), diz que não há nada decidido ainda e que as escolhas serão feitas pelo presidente eleito de forma “criteriosa, sem atropelos, e oportunamente informadas”. O líder ruralista, que é um dos nomes listados como apostas para a posição de ministro da Agricultura, embarcou para a capital federal ao lado de Bolsonaro.

– A transição começa agora – confirma, sem entrar em detalhes.

Para esse primeiro momento, os assuntos teriam sido divididos em grandes blocos, com agricultura, meio ambiente e produção sustentável sendo um deles. São, de fato, assuntos afins. Daí a estarem em um único ministério, é outra história. Até porque, eventual união, não é consenso nem mesmo entre os produtores e entidades do setor.

Ao mesmo tempo em que há entendimento de que é necessário modificar procedimentos relacionados ao licenciamento, também existe preocupação com eventuais prejuízos a serem causados pela junção de temas. Desde o excesso de responsabilidades concentrados na figura de um único ministro até a imagem do país no mercado global, para quem o Brasil fornece sua produção de alimentos.

Questionado sobre o assunto em evento com jornalistas, em São Paulo, o presidente da AGCO para a América do Sul, Luís Felli, entende que o governo eleito “está começando a engatinhar” e que é preciso “dar tempo ao tempo, para ver como será a definição”.

– Existe muita reflexão sobre o assunto e mesmo entre as lideranças do agro é algo que se vê com reserva – disse Felli

Fonte: Jornal Zero Hora
Créditos da Imagem: Sergio LIMA / EVARISTO SA