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Acordo abrirá mais mercado ao Agro
01/07/2019

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Acordo abrirá mais mercado ao Agro

Segundo principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com 18% de participação, a União Europeia é vista como uma grande oportunidade para o setor reduzir a dependência do mercado interno. Não apenas pelo incremento de vendas entre os blocos, consequência do acordo fechado em Bruxelas na sexta-feira, mas também por conquistas de novos destinos que deverão vir a reboque do tratado entre Mercosul e União Europeia.

- Muitos países habilitam automaticamente seus mercados levando em conta o acesso à Europa - afirma Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Maior exportador de carne de frango, o Brasil já tem os europeus como importantes parceiros comerciais - com cota de 340 mil toneladas por ano. Com o acordo, serão mais 180 mil toneladas anuais, incluindo os demais países do Mercosul.

- A União Europeia paga preço diferenciado para cortes especiais, como peito de frango salgado - destaca Turra.

Quanto à carne suína e aos ovos, produtos que o Brasil ainda não exporta aos europeus, o acordo facilitará a concretização de protocolos sanitários, projeta:

- Esse clima de otimismo é um componente forte para revitalizar o setor de proteína animal, com expectativa de ampliação gradual ao longo dos anos.

Para a carne bovina, foi acertada a cota de 99 mil toneladas anuais de carcaça e 77 mil toneladas de cortes.

- O acordo dará à cadeia a possibilidade de um ciclo comercial mais amplo, com maior demanda pela matéria-prima - analisa Antônio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Para a superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra, o tratado comercial entre Mercosul e União Europeia trará ganhos aos produtos agrícolas.

- Mas, claro que todo acordo é um encontro de equilíbrio, uns vão ganhar mais do que outros. O desafio é fazer com que os que irão ganhar menos se tornem mais competitivos no futuro - pondera.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV